Título
Original: The Walking Dead: The Road to Woodbury
Editora:
Galera
Páginas:
331
Sinopse:
Há
alguns meses que Philip Blake, o temido e ao mesmo tempo adorado Governador,
organizou Woodbury para que a cidade murada fosse um local seguro no qual as
pessoas pudessem viver em paz em meio ao apocalipse zumbi. E paz e segurança é
tudo que Lilly Caul, que tenta desesperadamente sobreviver a cada dia que
nasce, quer. Porém, mal sabe ela que seguir em direção a Woodbury é estar a um
passo do perigo. Uma horda de errantes famintos não é nada perto do que se pode
encontrar por lá.
Resenha:
Nessa
sequência de A Ascensão do Governador, conhecemos
a personagem Lilly Caul e seus amigos: Bob, Josh, Megan e Scott. Após um ataque
de errantes sobre o acampamento do seu grupo , a morte de uma das filhas dos
líderes recai sobre os ombros de Lilly. Enfurecido, o pai da adolescente perde
o controle, e, na intenção de defendê-la, Josh acaba cometendo uma atrocidade.
Expulso do grupo, Josh precisa seguir sozinho, mas Lilly se recusa a deixá-lo
partir, incrédula com a decisão dos outros sobreviventes de expulsá-lo. Assim,
ela decide acompanhar Josh e tentar sobreviver, se juntando a ela seus outros
amigos: Megan, Bob e Scott.
“Lilly Caul se pega imaginando qual é a ameaça mais letal — as hordas de zumbis, seus companheiros humanos ou o inverno iminente”.
— The Walking Dead: O Caminho para Woodbury
O novo
pequeno grupo formado vai cortando as estradas e tentando sobreviver no camper
de uma caminhonete até que eles se deparam com Martinez e seus homens — ambos
vivem em uma comunidade chamada Woodbury. Com a promessa de segurança, abrigo e
suprimentos, Martinez convence o grupo a ir com ele, apesar de Josh estar
inseguro quanto à cidade.
“Josh se surpreende com a ironia de encontrar o amor entre os destroços da praga”— The Walking Dead: O Caminho para Woodbury
Para
confirmar suas suspeitas, Woodbury é uma comunidade liderada por um lunático,
destemido e adorado homem, autointitulado Governador. Com um sistema de
escambo quase medieval — a troca de serviços, como mão de obra e sexo, garante
aos membros da comunidade sobreviver e ter o mínimo de conforto —, Josh e Lilly
não se adaptam ao local e planejam ir embora, sem os amigos, que pareceram
aceitar o lugar melhor do que eles.
No
entanto, nada sai como o esperado, e, a cada dia, Lilly se convence de que o
Governador irá afundar a comunidade, em vez de mantê-la. Com suas ideias
absurdas de luta mortais na antiga pista de corrida da cidade entre
sobreviventes que infringiram as novas leis — muito como um divertimento para
os demais moradores, que, a cada dia estão mais tensos no mundo
pós-apocalíptico — e com o sistema injusto de escambo, Lilly decide que o
Governador deve cair.
E,
juntamente com novos amigos, ela planeja um “golpe de estado”.
Considerações pessoais:
Kirkman
e Bonansinga me surpreenderam mais com essa sequência de The Walking Dead. Além de toda a tensão e horror da história, eles
abriram espaço para trabalhar a relação amorosa — ou quase — dos personagens e
seus conflitos sobre sentimentos não correspondidos. Além disso, é possível
notar o crescimento de alguns personagens — e o declínio de outros — conforme
tentam sobreviver e enfrentam as perdas de pessoas queridas. É ainda mais
notável, também, a mudança de personalidade do Governador e como ele lida, vez
ou outra, com seu eu-sombrio, com seu passado que o tornou o que ele é, com
suas crises de identidade. E, principalmente, como ele lidera a pequena Woodbury,
se tornando, ao mesmo tempo, um líder sociopata e adorado. Um líder que, como ele, se faz necessário em tempos pós-apocalíptico.
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