ENTREVISTA COM O ESCRITOR LUIS MALDONALLE




Em primeiro lugar, quero agradecer por sua atenção a todos leitores e fãs, e por se dedicar a responder as minhas perguntas...  

Na verdade, sou quem agradece, obrigado pela oportunidade. É sempre bom poder falar sobre o trabalho de escrever. Espero que goste!



1. Para começar, quais são suas obras? Bom, no fim de 2014 eu lancei o primeiro livro, esse apenas no formato digital, na Amazon. O livro é o Sete Noites em Claro. São sete histórias ( eu não as trato como contos) tendo o sobrenatural como carro-chefe. Agora em junho, estou lançando o A Hora da Tormenta pela editora Autografia. provavelmente devo lançar um conto no inicio do segundo semestre. Tenho uma novela pronta para ser publicada, e trabalho em um romance chamado War Kids para o ano que vem. Ainda há uma novela e um romance prontos, cabe esperar o melhor momento e a condição de poder colocá-los no mercado.

2. De onde veio as ideias para escrever os seus livros?

Penso eu que tudo pode se transformar em histórias, Uma frase, uma pergunta e claro, situações. Mas não acredito em gavetas repletas de histórias.É preciso observar, ouvir. Geralmente começo com uma pergunta; E se... A partir dai, se o gancho for realmente bom, a coisa pode sim, virar uma história que realmente valha a pena ser contada. 3. Desde quando você escreve? E como surgiu a vontade de se dedicar aos livros?
A coisa toda de escrever é nova. Mas estou envolvido com leitura, assim como a arte ( sou guitarrista ) há um bom tempo. Comecei com os hq's, gibis quando tinha oito anos. de lá pra cá, nunca parei. O próprio Stephen King que eu considero a minha maior referência, eu leio e releio há quase trinta anos. O gibi é algo muito próximo de um storyboard, o que facilita o aprendizado de ganchos e entender algumas situações recorrentes em livros, hq's e tevê ( cinema e séries). Acho que vivi esse mundo por boa parte da minha vida e agora consegui desenvolver uma forma de contar isto, tentando buscar algo que seja pessoal na escrita. Tampouco, acredito em fórmula para escrita.
4. Quais são as suas inspirações para escrever?

Na verdade eu não acredito em inspiração. Acredito na repetição, em sentar estando ou não inspirado, e escrever. Essa é a magica. Não é muito diferente de praticar um instrumento por horas a fio. Você apenas faz, sabendo que isso é parte do que escolheu. Claro, alguns dias podem ser mais produtivos do que outros, mas, disciplina é melhor do que qualquer coisa que possa por ventura, ser essa inspiração. Não quero algo momentâneo, quero o vínculo com parágrafos, pontos de viradas e principalmente, personagens e histórias, de preferência, tão densos quanto um osso enterrado. 5. Qual o livro mais marcante que já leu?

Seria difícil citar apenas um. Principalmente deixando algo do Stephen King de fora, mas Drácula, O Senhor das moscas e Cemitério Maldito. Acho que isso sintetiza muito bem o que gosto na escrita.

6. Seus personagens são inspirados em pessoas ou fatos reais?

Parte de ser escritor, em minha opinião, se resume no ato de observar, de entender.Acho as pessoas normais, as que vivem o dia a dia, interessantes como material humano.Vez ou outra, isso pode acabar refletindo algo que eu tenha observado, ou até estereotipado em um personagem.Vida e arte se misturam, mas eu prefiro imaginar, usando apenas características e trejeitos, como referência para personagens. 7. Quais as dificuldades que você enfrentou durante o processo de criação?

Esse é um ponto em que tenho tido muita sorte. O famoso fantasma da página em branco não tem me assustado. Eu continuo escrevendo. Penso sobre uma ou outra coisa ( dúvida) que às vezes não parecem tão claras para mim, mas apenas torço pra que quando eu chegue lá, elas simplesmente funcionem. 8. Quando teremos novidades? E quais são?
Bom, provavelmente, um conto entre o fim do primeiro semestre e o segundo. Continuo trabalhando no War Kids para tentar lançá-lo no ano que vem. Mas claro que até lá, eu espero que possa ter mais novidades, sim. A verdade é que, escrita é muito dinâmica, e realmente muita coisa pode acontecer em pouco tempo. Eu pelo menos, torço pra isso!
9. Quais dicas você pode oferecer para aspirantes a escritores??

Olha, sendo bem sincero, eu ainda me considero muito mais um contador de histórias do que um escritor. E como tantos outros por aí, tento encontrar minha voz e pessoas que se interessem por esse veio da literatura fantástica do qual eu faço parte. Se eu pudesse dizer alguma coisa, diria para ler o quanto conseguirem, ter uma boa história antes de pensar em publicar, e mais do que isso, acreditar.Sem isso, talvez uma boa ideia não passe de um livro inacabado em uma gaveta. Escrever é preciso, e não há outra opção a não ser terminar o que você começou. 10. Para terminar, uma frase que te define: Vou de J.D. Salinger '' Quem é que quer flores depois de morto?

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